Você conhece os dois métodos de soldagem do PEAD? Hoje vamos falar um pouco sobre as principais diferenças entre os dois e, ao final, analisar se existe um jeito “certo” ou “melhor” de realizar a solda.

A soldagem do PEAD é um processo simples – mas para os profissionais. Sendo um material de boa maneabilidade, o processo, quando executado com a exatidão e a precisão que merece, acontece com baixo risco e chances de erros praticamente nulas.

Claro, como mencionamos, quando executado por profissionais qualificados. Existem dois métodos de soldagem do PEAD: a termofusão e a eletrofusão. Ambos operam por princípios similares – calor – mas com métodos bem diferentes entre si.

Se você trabalha com obras e está se decidindo sobre o método, esse texto é de extrema importância para uma decisão mais assertiva e baseada em fatos. Vamos começar?

Quais as semelhanças entre soldagem do PEAD por termofusão e eletrofusão?

Bom, vamos começar nas semelhanças antes de aprofundar o texto com os pormenores de cada método. Como falamos inicialmente, os dois processos de soldagem do PEAD são similares em relação à troca de calor entre uma fonte e o próprio tubo.

Em poucas palavras, nos dois há calor transferido para o material, que passa por fusão – a transformação do estado sólido para o estado líquido. Após a fusão e com o resfriamento, as superfícies de solda se interligam a nível molecular. A maior diferença entre termofusão e a eletrofusão, como podemos ver, não está na fusão em si, mas sim no método e nos equipamentos necessários para gerá-la.

Enquanto na primeira é introduzida uma placa de aquecimento entre as duas sessões do tubo, na segunda uma fonte de tensão é aplicada no setor a ser soldado, com resistências, criando uma espécie de curto circuito que esquenta a superfície. Então entendemos: na termofusão e eletrofusão, o processo é similar: a soldagem do PEAD é através de energia térmica. A diferença está no método e nos equipamentos. 

Continue a leitura para saber mais sobre as diferenças.

Soldagem do PEAD por eletrofusão: como é o processo?

O método de soldagem do PEAD através da eletrofusão é notoriamente mais preciso e menos trabalhoso, porém mais específico e difícil de aplicar em qualquer ambiente.

Basicamente, as duas seções a serem soldadas são inseridas em uma conexão (ou luva), que possui dois terminais do lado de fora. No interior dessa conexão, existem resistências que  vão se encarregar de aumentar a temperatura quando a energia for ligada na fonte externa, que gera uma corrente alternada. Com a energia saindo da fonte e entrando no conector com as resistências, a temperatura aumenta no interior e o processo de fusão do PEAD começa. O conector se funde e expande em direção aos tubos, que por sua vez também se expande em direção ao conector.

Como os dois materiais estão em estado líquido, há a interligação em nível molecular. Quando eles se resfriam, novos cristalinos se formam e a soldagem se estabelece. O diferencial desse processo é a simplicidade e a vedação automática com o conector, que gera um processo espontâneo de pressão gerada no seu interior. Dessa forma, o próprio conector funciona como agente de pressão de solda e, consequentemente, vedação.

Normas aplicáveis

• NBR 14.472  – Tubo de Polietileno PE 80 e PE 100
• NBR 14.465 –    Sistemas  para  Distribuição  de  Gás  Combustível  para  Redes  Enterradas – Execução de Solda por Eletrofusão;
• DVS 2207 –  Soldagem de Materiais Termoplásticos – Soldagem de Tubos, Conexões e Placas – Procedimentos
• DVS 2202 -1 -Teste de Produtos Semi – Acabados de Polietileno – Avaliação de Solda.

Como funciona a soldagem de PEAD por termofusão?

A solda termofusão se apresenta como uma alternativa viável de fusão, e respeitando as normas garante ótima qualidade e produtividade. A solda termofusão é aplicada sem a necessidade de luvas, o que é um pouco mais complicado que a eletrofusão. Por não ter esse conector, deve ser aplicada pressão de solda após a fase de aquecimento para que ambas as partes se misturem.

O processo também é relativamente simples, desde que executado por profissionais e com equipamentos devidamente calibrados. As duas seções do tubo são aquecidas por uma placa de aquecimento pelo tempo necessário, que varia de acordo com o diâmetro do tubo PEAD. Durante a fase de aquecimento, não se aplica pressão sobre as partes.

Quando a temperatura das superfícies atinge o ponto de fusão do PEAD, a placa é retirada e uma pressão é aplicada sobre as partes para que o material se misture por compressão. Essa pressão de solda deve ser mantida até que a temperatura das superfícies fique abaixo do ponto de fusão.

Vale ressaltar que tudo isso é feito com um equipamento específico, que aplica a pressão e o calor de maneira exata. Durante essa segunda fase do resfriamento, abaixo do ponto de fusão, em alguns casos se retira a pressão de solda e em outros ela é mantida, depende do método da solda termofusão aplicada. Porém, as duas partes devem se manter imóveis.  Basicamente, é isso. Um cordão de solda é formado após o resfriamento total e o segmento já está pronto para uso. 

Qual é a melhor: soldagem por eletrofusão ou termofusão?

Esses dois métodos de soldagem do PEAD funcionam muito bem para qualquer obra. A questão de ser melhor ou pior é difícil de discutir porque ambas realizam o serviço. 

Na eletrofusão o custo das conexões podem inviabilizar grandes projetos, porém para manutenção é a melhor alternativa – não é necessário movimentar a tubulação para estes reparos, pois as luvas são passantes. Em todos os métodos é extremamente importante que tenha 100% de estanqueidade  e limpeza.  Tanto a termofusão quanto a eletrofusão possuem equipamentos específicos para a soldagem do PEAD. Operados corretamente, não há riscos de vazamentos para a sua tubulação. 

Nós, da Complastec, trabalhamos há mais de 16 anos com soldagem do PEAD e temos profissionais certificados na operação desses equipamentos. Trabalhamos com os dois métodos, solda termofusão e eletrofusão também. 

Conheça melhor nosso trabalho acessando o site. Se tiver mais alguma dúvida e se está se decidindo entre os dois métodos, converse com os nossos especialistas – temos certeza que eles vão te ajudar a tomar uma decisão informada e de acordo com as necessidades da sua obra.  Um forte abraço e até o próximo texto.